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COMANDO VERMELHO E PCC

Nova direção promove mudança e jornais da Globo começam a falar nomes de facções

Foto de Renata Vasconcellos no Jornal Nacional
Jornalistas da emissora lidam com mudanças da direção (Foto: Reprodução/TV Globo)

Desde a troca da chefia de Jornalismo no começo do ano, a Globo já promoveu algumas mudanças em seu editorial. Uma delas tem a ver com a autorização que os jornalistas receberam para falarem os nomes das principais facções criminosas do país. De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, os noticiários da TV aberta e da GloboNews estão autorizados a citarem os nomes dessas facções nas reportagens. Essa mudança aconteceu em janeiro, quando Ricardo Villela assumiu a direção, e tem sido aplicada no ar de forma silenciosa. Um exemplo pôde ser visto na última quarta-feira (14), quando a emissora citou o Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, ao noticiar a fuga de dois homens do presídio de segurança máxima de Mossoró (RN).

Até então, a Globo não citava o nome das facções criminosas para evitar fazer ‘promoções’. Desde os anos 1980, jornalistas possuem uma regra interna para não falarem os nomes do Comando Vermelho e do PCC (Primeiro Comando da Capital). Internamente, profissionais da emissora começaram a questionar até que ponto censurar os nomes dessas facções impactaria na percepção do público. Ali Kamel era o diretor do Jornalismo até dezembro de 2023, por isso com a nova direção os funcionários já começaram colocar essa mudança em prática.

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Ricardo Villela alega nos bastidores da Globo que esconder os nomes de duas facções que disputam entre si pode impossibilitar o entendimento dos telespectadores. Ali Kamel, por sua vez, usava o sequestro do jornalista Guilherme Portanova pelo PCC como exemplo. O caso aconteceu em São Paulo, em 2006, e o profissional só foi liberto depois que a Globo exibiu vídeos com queixas de criminosos sobre o sistema prisional.

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